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Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo.
Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo.| Foto:

Homofobia

O Grupo Dignidade, uma das mais conhecidas ONGs de direitos dos homossexuais do país, não vai receber, pelo menos por enquanto, o título de utilidade pública da Câmara de Curitiba. A discussão no Legislativo chegou ao primeiro turno, mas a segunda votação foi adiada para daqui a 25 sessões – ou seja, para depois das eleições.

Na tribuna, uma vereadora chegou a dizer que era contra a utilidade pública em defesa das crianças do município. Segundo ela, os vereadores devem “proteger as crianças de objetos de erotização”. Difícil entender o que uma coisa possa ter a ver com a outra, já que a ONG apenas tenta proteger os direitos de gays e transgêneros.

A Professora Josete, autora da proposta, diz que a recusa em votar o projeto se deve ao “conservadorismo” da Câmara. “Uma utilidade pública, que deveria ser algo simples, acaba sendo adiada porque alguns parlamentares não aceitam que uma entidade que defende os direitos humanos e luta contra a violência e a homofobia receba este título. Alguns tem uma percepção distorcida, mas outros certamente agem de má fé”, disse.

Não é a primeira vez que a Câmara age assim. Em 2009, os vereadores da cidade recusaram o título de utilidade pública para a ONG que realiza a parada da diversidade. A Câmara, nesta legislatura, também forçou a prefeitura a retirar um post que mencionava a possibilidade do casamento gay, garantido pelo STF.

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