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Cortes no social contrariam discurso eleitoral de Beto Richa
| Foto:
radio cultura de foz entrevista

Richa com a esposa, Fernanda, gestora da área social.

Com colaboração de Euclides Lucas Garcia:

Caso se confirme corte de recursos do programa Família Paranaense, anunciado informalmente pelo governo do estado a gestores dos recursos e a deputados estaduais, será mais um passo dado pela atual gestão na direção contrária à que tinha sido prometida um ano atrás.

Na disputa pela reeleição, o governador Beto Richa (PSDB) afirmou mais de uma vez que sua prioridade seria o investimento no social. “Nenhuma administração se justifica se não praticar ações para melhorar a vida das pessoas, em especial daquelas que mais precisam do poder público”, afirmava o governador.

Em uma entrevista mais longa concedida à Gazeta do Povo duas semanas depois de reeleito, Richa destacou especificamente o Família Paranaense, do qual dizia se orgulhar:

“O social sempre tem que ser priorizado. É fazer um governo para as pessoas, em especial para aqueles que mais precisam do poder público, que são as famílias mais carentes e mais pobres da nossa sociedade. Sempre fiz isso, com todas as nossas ações pensando nas pessoas, no seu crescimento. Acredito que nenhuma administração se justifica se não melhorar a vida das pessoas, principalmente das que mais precisam.

Um grande programa que temos é o Família Paranaense, tanto que o Aécio adotou como proposta o Família Brasileira, que seria um avanço ao Bolsa Família. Nós damos uma atenção a essas pessoas que estão na extrema pobreza. Já tiramos 92 mil famílias dessa situação no Paraná, e a meta para o próximo governo é chegar a 200 mil famílias atendidas por esse programa.

“É um programa que tem contrapartida, na medida em que a família que é atendida tem que comprovar que os filhos estão matriculados na escola, com observância da frequência; as crianças têm que estar sendo atendidas pela rede pública de saúde; e o pai e a mãe da família têm que participar de programas de capacitação profissional e qualificação de mão de obra, para em dois anos terem condições de ser absolvidos pelo mercado de trabalho e daí ter o próprio sustento através do seu emprego e viver com mais dignidade com seus familiares. E essas famílias têm prioridade em todos os programas do governo, seja habitacional, de capacitação profissional.”

Segundo reportagem de Raphael Marchiori, o número de municípios atendidos agora poderá cair de 399 (ou seja, todas as cidades do estado) para 154 (ou seja, menos da metade). Gestores de Curitiba e Pinhais já teriam sido informados da perda de recursos.

Infância e escolas

Nos últimos dias, o governo do estado anunciou outras medidas que vão contra o discurso de investimento maior no social. Entre elas estão o fechamento de escolas da rede estadual de ensino e o confisco dos recursos do Fundo da Infância e da Adolescência.

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