A repórter Mariana Scoz informa:
O presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso (PSDB), afirmou em discurso no plenário, nesta terça-feira, que se sente julgado “pela Inquisição Espanhola”.
“Tolhido nestes direitos vejo-me como que na Inquisição Espanhola em que Fernando Aragão perseguia seus opositores políticos de maneira disfarçada albergado nos dogmas impostos à época.”
“Vivemos num Estado Democrático, onde os direitos devem ser respeitados sem condenação sumária, sem prejulgamentos baseados unicamente em falácias com evidente cunho político.”
O vereador discursou falando sobre as acusações que pesam sobre ele por ter supostamente cometido irregularidades como presidente da instituição: contratos suspeitos com empresas de publicidade (uma delas de propriedade de sua esposa) e contratação irregular de funcionários.
Derosso afirmou que o julgamento sobre seus atos tem sido tendencioso. Que seu comportamento sempre foi pautado pelo respeito, pelo diálogo e pela transparência.
A sessão foi a primeira do semestre com a presença de Derosso. Ontem, reinício dos trabalhos e primeiro dia de sessão depois das denúncias, Derosso não apareceu.
Ao contrário do que ocorreu ontem, não houve protestos no plenário. A próxima manifestação do movimento que pede o afastamento de Derosso está marcado para a próxima terça-feira.
Mesmo assim, a entrada no plenário foi restrita. Cada vereador só podia “convidar” uma pessoa para entrar. A vereadora Professora Josete (PT) reclamou na frente de todos e conseguiu colocar mais pessoas para dentro.
Todas as pessoas, incluindo profissionais de imprensa, foram obrigadas a passar por revista e detectores de metais ao entrar na sessão.
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