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Dez anos atrás, diretor da Petrobras denunciou prejuízo bilionário de Delcídio
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Com informações de Fernando Jasper:

Dez anos atrás, um diretor da Petrobras alertou que a empresa estava sofrendo prejuízos bilionários devido a contratos assinados pelo seu antecessor no cargo, o hoje senador Delcídio do Amaral (PT-MS). As acusações foram feitas por Ildo Sauer em 2005, conforme noticiou a imprensa na época.

O fato foi noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo na época. Como resposta, Delcídio, que à época tinha saído da Petrobras e estava como presidente da CPMI dos Correios (que investigava o Mensalão) pediu a Lula que demitisse Sauer.

“Em um momento como este, em que eu preciso de tranquilidade, no momento grave que enfrentamos, com o país preocupado com a realização de um bom trabalho pela CPI dos Correios, recebo um fogo amigo, mostrando claramente que os maiores adversários nossos não são da oposição, mas do próprio PT”, disse.

Ildo Sauer é professor da USP, tem doutorado pelo MIT e livre-docência pela USP. No cargo, começou a dizer que Delcídio tinha assinado contratos prejudiciais à Petrobras.

“Eu fiquei pasmo com as afirmações de que teria dado um prejuízo de R$ 2 bilhões, por conta de três contratos assinados com investidores privados”, disse Delcídio ao Estadão. “São três projetos que vinham sendo implantados desde 1996, portanto muito antes de eu ser diretor da companhia. E contratos absolutamente claros, transparentes e que, como foram projetados num momento de racionamento de energia, davam liberdade absoluta para que a própria Petrobras, se o cenário mudasse, tivesse totais condições de renegociá-los”, afirmou.

Não se sabe que fim levaram na época as acusações contra Delcídio. Mas Ildo Sauer teve seu destino selado em 2007, quando foi afastado da companhia. Em seu lugar, na diretoria de Gás e Energia, entrou a futura presidente Maria das Graças Foster.

Na saída, reclamou principalmente do governo Fernando Henrique Cardoso. Dizia que seu ano e meio na diretoria tinha sido em grande medida para desfazer o caminho que vinha sendo trilhado numa gestão neoliberal.

No entanto, na última frase de seu texto de despedida, dá a entender que seu projeto não foi totalmente comprado pelo petismo. “De repente me dei conta de que posso não ter sido afastado da Petrobras por meus defeitos. Mas pelas virtudes das pessoas de cujas lutas participei e vou continuar participando.”

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