Por um momento, durante as manifestações de junho e principalmente depois, quando começaram a sair pesquisas mostrando queda na sua popularidade, pareceu que a reeleição de Dilma Rousseff corria sérios riscos. Falava-se que o PT teria de chamar Lula de volta. Que o ciclo estava chegando ao fim.
O tem passou e, dois meses depois, a situação já parece bem diferente. Dilma voltou a ter um (tímido) crescimento nas pesquisas de popularidade. Mas, principalmente, está vendo seus adversários naufragarem sozinhos, sem que seja preciso fazer muito esforço para derrotá-los. Do jeito que vai, Dilma pode mesmo é se reeleger por W.O..
Aécio Neves continua inerte como um gás nobre. Qual foi a grande ação dele nos últimos dias? Aliás, qual foi a última grande ação dele nos últimos anos? Imaginava-se que no Senado ele seria um grande líder da oposição. Nada: revelou-se incapaz de chamar a atenção pelo discurso, pelas ideias. Monótono e limitado, passou despercebido em seu mandato até agora.
José Serra, que ainda não desistiu da Presidência, estaria disposto a ir para outro partido. Mas, convenhamos: ele e Aécio, se saírem separados, só enfraquecem um ao outro. Não parece que há eleitores que votem em um mas não em outro. Não há crescimento da oposição se forem lançadas duas candidaturas absolutamente idênticas.
Marina Silva continua sendo a grande adversária de Dilma para 2014. Mas não está conseguindo nem mesmo registrar seu partido. Talvez tenha de voltar ao PV. E, de qualquer maneira, parece que não terá quase nada de tempo de tevê para mostrar suas ideias. Pode ser uma grande candidata, mas está se mostrando péssima articuladora.
E Eduardo Campos? Bom, trata-se de uma piada, claro. Não vai a lugar algum.
No final, a disputa de Dilma parece ser contra ela mesma. Se conseguir não tropeçar demais, tem grande chance de se reelegee com facilidade. Ou não: daqui a dois meses, vai saber o que acontecerá.
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