A reforma política proposta pelo PMDB tem como um de seus pontos centrais o Distritão, um novo modo de definir quem seria eleito deputado federal e estadual. Hoje, os votos dentro de cada estado são computados para os partidos ou coligações e cada agrupamento “ganha” um certo número de cadeiras. A partir disso, vê-se quem são os primeiros dessas coligações e eles estão eleitos.
O que esse sistema traz de diferente é o fato de que nem sempre os mais votados são eleitos. Se o primeiro mais votado pertencer a um partido que n]ão fez quociente para preencher uma cadeira, dançou. O que muda na proposta do PMDB é que os mais votados serão sempre eleitos, independente de partido ou coligação.
O cientista político Marcio Cunha Carlomagno fez as contas para ver quais partidos perderiam mais e quais mais ganhariam no país como um todo. (O PMDB sairia ganhando, claro.) Veja a lista aqui.
Na eleição para deputado federal realizada ano passado, no Paraná, isso mexeria apenas com 10% das cadeiras. Nenhuma do PMDB. Quem entraria a mais seriam Reinhold Stephanes, Osmar Bertoldi e Nelson Padovani. Todos fizeram votos para ficar entre os 30, mas estavam em coligações pesadas, que exigiam votação ainda maior.
Veja a lista.
Ficariam como estão
Christiane Yared (PTN)
Alex Canziani (PTB)
Valdir Rossoni (PSDB)
João Arruda (PMDB)
Takayama (PSC)
Delegado Francischini (SD)
Luciano Ducci (PSB)
Zeca Dirceu (PT)
Dilceu Sperafico (PP)
Hermes Frangão Parcianello (PMDB)
Giacobo (PR)
Marcelo Belinati (PSDB)
Osmar Serraglio (PMDB)
Sandro Alex (PPS)
Ricardo Barros (PP)
Ênio Verri (PT)
Luiz Nishimori (PSDB)
Nelson Meurer (PP)
Rubens Bueno (PPS)
Evandro Roman (PSD)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Edmar Arruda (PSC)
Aliel Machado (PCdoB)
Alfredo Kaefer (PSDB)
Leandre (PV)
Sérgio Souza (PMDB)
Assis do Couto (PT)
Não seriam eleitos
Toninho Wandscheer (PT)
Diego Garcia (PHS)
Leopoldo Meyer (PSB)
Teriam sido eleitos
Osmar Bertoldi (DEM)
Reinhold Stephanes (PSD)
Nelson Padovani (PSC)
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