Estados Unidos nega vistos para meninas afegãs participarem de evento de robótica

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Seis adolescentes afegãs foram impedidas de entrar no Estados Unidos. Elas foram selecionadas para o First Global Challenge uma competição de robótica que conta com a participação de 163 times do mundo todo. O caminho das seis jovens para chegar perto competição não foi fácil.

Elas são originárias de Herat, na região oeste do Afeganistão. A terceira maior cidade do país é assolada pela violência. No início de junho uma explosão do lado de fora de uma mesquita deixou ao menos sete mortos. No final do mesmo mês 10 policiais foram mortos em um confronto com membros do Talibã.

Contra todas as possibilidades de sucesso elas viajaram 500 quilômetros até Cabul, capital do país, para conseguir o visto na embaixada americana. Fizeram a jornada duas vezes e nas duas foram rejeitadas. As autoridades americanas não especificaram o motivo para a proibição da entrada.

O evento ocorrerá dia 16 de julho em Washington. Alguns dos times participantes que conseguiram o visto fazem parte de países que compõem a recente lista de veto migratório. Os participantes de Gâmbia também tiveram os vistos negados.

As jovens afegãs devem acompanhar tudo pelo Skype, segundo entrevista à Forbes dada pela patrocinadora da equipe, Roya Mahboob, fundadora da empresa de software Citadel. Elas enfrentarem dificuldades para receber peças que seriam usadas na montagem do protótipo de robô. E mesmo assim conseguiram terminar o projeto com peças de utensílios domésticos. Viajaram dois mil quilômetros para terem os vistos negados.

“Nós queremos mostrar ao mundo que podemos fazer isto, nós só precisamos de uma chance”, disse Fatemah em entrevista à Forbes. Fatemah tem 14 anos e é parte da equipe.

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