O deputado Toninho Wandscheer se elegeu para a Câmara pelo PT. Assim que a crise do governo Dilma se agravou, pulou para o Partido da Mulher Brasileira, recém-criado. Aberta a janela de infidelidade, mudou de novo, agora para o Pros.
Mesmo fora do PT, dizia que manteria sua posição contrária ao impeachment. E assim foi, até os 45 minutos do segundo tempo. Na hora do voto, no domingo passado, surpreendeu e votou pela abertura do processo de impeachment.
Segundo o deputado, o voto n~\ao pode ser considerado uma traição. “Não fui eleito pelos petistas. Fui eleito pelo pessoal da minha base, do município, pelos evangélicos”, disse em entrevista ao blog.
De acordo com ele, embora os dois lados o tenham procurado, não foi isso que o levou a mudar de posição. “Sempre disse que era contra o impeachment como instituto. E que votaria a favor só se aparecessem fatos mais graves”, afirmou.
Para Toninho, Dilma hoje não tem condições de governar. “Gente do próprio ministério dela disse que se Dilma não conseguisse os 172 votos não tinha como governar”, opinou. “E outra coisa: nós não cassamos Dilma. Eu não entendo muito de lei, sou engenheiro. Difícil dizer se houve crime. O que fizemos foi permitir que o Senado analise isso”, disse.
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