O deputado Fabio Camargo (PTB) tinha todo o direito de protestar como fez na tarde desta quarta-feira contra a prisão de um ex-diretor da Assembleia, realizada pela CPI dos Grampos. Discordar é democrático, afinal de contas.
O que o deputado não poderia ter feito era uma apologia da mentira, como acabou fazendo do púlpito do Legislativo. No mínimo, não pega bem.
Para defender Francisco Ricardo Neto, preso por falso testemunho, Camargo perguntou o seguinte. “Quem nunca contou uma mentirinha? Nem que seja por fidelidade a alguém?”
Completou a declaração citando uma letra do falecido Cazuza. “Mentiras sinceras me interessam”, disse.
Ok. Cazuza era um artista. Tentava descrever a vida. Fabio Camargo é um deputado, foi eleito pelo povo prometendo honestidade.
Mentiras sinceras não podem lhe interessar.
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