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Luiz Carlos Martins. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.
Luiz Carlos Martins. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.| Foto:
Luiz Carlos Martins. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.

Luiz Carlos Martins. Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo.

A ideia de atrasar o reajuste salarial do funcionalismo, defendida por parte do governo Beto Richa (PSDB), começa a enfrentar fortes resistências dentro da própria base do governo. A parte política do governo (incluindo os deputados) poderá no fim prevalecer sobre a parte técnica. Só não se sabe ainda de onde será tirado o dinheiro para honrar o compromisso.

Por lei, o governo teria de cobrir a inflação de 2016 no início de 2017 – além de dar mais 1% de ganho real para o funcionalismo. O acordo foi feito em 2015, no fim da greve dos servidores, e foi colocado em lei aprovada pela Assembleia Legislativa. Mas a parte financeira do governo diz que seria impossível cumprir isso hoje.

O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, que já em 2015 foi contra a assinatura da lei (ele dizia que o certo seria dar reajuste zero já na época), diz que não há dinheiro para pagar as promoções e progressões, também devidas ao funcionalismo, e mesmo assim dar o reajuste. “Mesmo que o estado queira, não tem como”, disse o secretário em entrevista.

Mauro Ricardo, que conduz com mão de ferro o ajuste fiscal de Richa, defende que primeiro sejam pagas as promoções e progressões. E, mais adiante, quando possível, o reajuste. As duas faturas juntas somam R$ 3,5 bilhões.

Nesta semana, o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni (PSDB), reagiu à entrevista de Mauro Ricardo. Disse que o secretário não fala pelo governo e que a intenção de Richa é seguir o que foi determinado em lei.

Agora, os deputados estaduais também começam a se insurgir contra a ideia de mudar a lei e adiar o reajuste. Luiz Carlos Martins (PSD), deu entrevista à rádio de que é dono, a Banda B, afirmando que o compromisso tem de ser cumprido.

“Compromisso tem que ser cumprido. O governo firmou este compromisso com o funcionalismo e isso não é brincadeira. Esse acordo foi celebrado na Assembleia e eu participei disso. Não é possível agora dizer que não será cumprido. De jeito nenhum”, disse.

Os sindicatos do funcionalismo afirmam que não aceitarão o adiamento e que retomarão os protestos feitos em 2015 contra o ajuste fiscal. Em 2015, os protestos levaram os deputados a se refugiar em um “camburão” e culminaram no 29 de abril, com 213 feridos em frente à Assembleia Legislativa.

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