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Gleisi não tem culpa, mas podia escolher melhor
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Gleisi

Gleisi Hoffmann, claro, não tem culpa de qualquer coisa que seus assessores façam. E muito menos quando se trata de crimes como estupro de vulnerável. Quem tem de responder pelas acusações, unicamente, é Eduardo Gaievski, o homem acusado de assediar e de violar direitos de meninas em Realeza, cidade de que foi prefeito antes de virar assessor da Casa Civil.

Mas, assim como culpar Gleisi seria pegar pesado demais com a ministra, aliviar totalmente para o lado dela seria deixar barato um erro grave da Casa Civil e da própria ministra. Há vários pontos que o caso revela sobre as contratações de comissionados no governo federal.

Primeiro: ninguém vê ficha criminal dos outros? Qualquer empresa pede que o sujeito apresente certidão de antecedentes criminais na hora de contratá-lo. Por que o governo federal não faz o mesmo? Gleisi, ao se explicar sobre o caso, disse que foi feita a mesma pesquisa que se faz em todos os casos. Pior: pode haver mais situações iguais?

Segundo: por que o prefeito de uma pequenina cidade do Sudoeste do Paraná foi alçado de uma hora para outra à Casa Civil? Segundo Gleisi, foi em parte devido ao índice de votação que Gaievski teve na sua reeleição, de 87%. Lembrando sempre que Saddam Hussein chegou a 100% dos votos em uma de sua reeleição, parece que esse não deveria ser o critério de escolha.

Terceiro: não havia ninguém mais preparado? Os ministros ficam levando pessoas de sua base eleitoral para o Planalto como se fosse a festa de seu aniversário. E deixam critérios importantes de seleção de lado. Gleisi, ao que parece, pelo menos disso é culpada.

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