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Greve dos professores da rede estadual foi histórica em vários sentidos
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Poucas greves ocorridas em tempos recentes no Paraná foram tão impressionantes quanto a paralisação dos professores da rede pública de ensino nas últimas quatro semanas. A greve foi histórica, e não só pelas cenas cinematográficas que proporcionou, com destaque para a insuperável imagem dos deputados estaduais andando em um ônibus do choque. Foi histórica porque, apesar de mexer com a rotina de um milhão de alunos e de suas famílias, a categoria conseguiu apoio quase unânime da população.

O apoio veio em primeiro lugar porque a greve foi considerada justa. Não há quem deixe de compreender a indignação de trabalhadores que deixam de receber aquilo que é de direito – no caso, o terço de férias e a rescisão dos temporários. Mais do que isso, a retirada de direitos prevista no pacote inicial do governo (e que depois Richa disse que era apenas ferramenta para negociação) pegou muitíssimo mal. Perda anuênios, quinquênios e dependência da assinatura do secretário para conseguir uma licença qualquer são propostas esdrúxulas de qualquer ponto de vista.

Mas principalmente os professores souberam agir de maneira unida, com uma organização impressionante nas manifestações e pressionando por seus direitos de maneira incisiva – sem jamais descambar para a violência. Nos últimos dias, a greve, na verdade, já poderia ter acabado. Desde o fim das negociações com o governo o movimento tinha perdido boa parte de seu motivo, e o prejuízo para os alunos passou a ser maior do que os ganhos extras que poderiam ser obtidos. Mas com a decisão desta segunda a sensatez venceu e a população volta a ser atendida – e os professores poderão voltar ao trabalho com a certeza de que não tiveram sequestrados os seus direitos.

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