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Grupo de Fruet quer “desaposentar” Greca; candidato nega irregularidades
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A aposentadoria de Rafael Greca (PMN) aos poucos vem ganhando destaque na campanha pela prefeitura de Curitiba. Em janeiro, quando o decreto com a aposentadoria de R$ 10,3 mil foi publicado no Diário Oficial, a equipe de Gustavo Fruet (PDT) já fez questão de alardear o fato.

Desde lá, Greca passou de pré-candidato a candidato e conseguiu montar uma coligação maior do que se poderia imaginar. Ganhou apoio de Beto Richa (PSDB) e engoliu a candidatura de Luciano Ducci (PSB). Cada vez mais, a prefeitura também passou a se preocupar com ele.

Agora, o secretário de Governo de Fruet, pessoalmente, diz que vai na semana que vem à Justiça contra a aposentadoria de Greca. Quer que ele seja “desaposentado” e que devolva o dinheiro recebido irregularmente.

Ricardo Mac Donald diz que há uma irregularidade fundamental na liberação de Greca da prefeitura. Funcionário do Ippuc, por décadas ele ficou fora do instituto: para ser prefeito, mas também para ser deputado e ministro; nos últimos anos, porém, saiu para ser funcionário do Senado.

Mac Donald diz que o decreto do então prefeito Ducci liberando Greca não podia ter sido feito da maneira como foi. Por dois anos, Greca foi pago pela prefeitura embora, segundo Mac Donald, não tenha sido comprovado que a liberação dele era de interesse para o município.

“Ele tinha que ter sido liberado sem custas para o município”, diz o secretário, que anunciou ter feito um pedido de informações ao Senado para saber sobre a presença de Greca no Senado e o que ele teria feito que possa ser classificado como de interesse de Curitiba.

Greca, no Senado, primeiro esteve à disposição do presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), e depois por três anos com o senador paranaense Roberto Requião (PMDB). Saiu já à beira de ser aposentado pelo município.

A assessoria de Greca diz que tanto a liberação quanto a aposentadoria foram legais. E como arma mostra dois documentos assinados pela atual gestão – e inclusive pelo próprio Mac Donald – a nova liberação (quando houve a troca de gestão) e a própria aposentadoria.

Ou seja: o secretário não poderia reclamar de atos que ele próprio aceitou ou que até mesmo promoveu. E isso provaria que se trata de apenas de interesses eleitorais.

Mas Mac Donald diz que são coisas diferentes: a segunda liberação (assinada por ele) foi sem custos para o município. “E se chegaram os documentos à minha mão, eu tinha que aposentá-lo. Agora, isso não significa que eu não possa contestar judicialmente esses documentos”, afirma.

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