Osmar Dias está apostando todas as suas fichas em Lula para virar o jogo contra Beto Richa. No próximo fim de semana, o presidente vem de novo ao Paraná fazer comício.
Em 2006, caso alguém não lembre, foi exatamente assim que a eleição se decidiu no Paraná. A campanha estava acirradíssima entre dois candidatos. Lula veio a Curitiba e fez um comício às vésperas da eleição. Na mesma Boca Maldita. E resolveu a parada.
Claro, na época, resolveu contra Osmar. E a favor de Requião.
Agora, Lula e Osmar estão de braços dados desde o começo. E o senador espera que, assim como lhe tirou a eleição quatro anos atrás, Lula lhe dê o mandato agora.
Faz sentido? Em parte. A situação tem algumas diferenças. Uma delas é justamente a que acabei de mencionar: Osmar e Lula estão juntos desde o começo. E o eleitor, depois de um mês de propaganda na tevê, já sabe disso.
Em 2006, a presença do presidente na reta final da campanha talvez tenha tido mais peso porque Lula aindan não havia se posicionado sobre a situação no Paraná.
Osmar estava mais para apoiar Alckmin. Requião fazia jogo duplo e não se decidia. Lula veio aqui e tomou a iniciativa: disse em claro e bom som para votarem em Requião.
Agora, uma declaração deste gênero do presidente não terá o tom de surpresa nem de novidade.
Por outro lado, a onda Lula não parecia tão forte quanto hoje em 2006. O presidente precisou de um segundo turno contra o PSDB. Coisa que hoje não parece necessária para Dilma.
O fato é que ninguém sabe ainda se o voto do curitibano mudará de novo a pedido de Lula. Mas é a cartada de Osmar em cima dos indecisos, que ainda são muitos.
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