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A descoberta de que a mãe do diretor administrativo da Assembleia Legislativa ficou lotada como funcionária fantasma no gabinete de Valdir Rossoni coloca a credibilidade da nova gestão em cheque.

O presidente da Assembleia jura que não sabia nada sobre o caso. Demitiu nesta quinta o diretor, seu homem de confiança, e prometeu investigação. Mas Rossoni fica numa situação difícil.

Acaba ficando em situação semelhante à do presidente Lula no mensalão: o principal argumento em sua defesa era de que não sabia de algo que acontecia debaixo de suas barbas.

O mesmo também aconteceu com o governador Beto Richa: uma funcionária fantasma foi descoberta no seu antigo gabinete da Assembleia, mas toda a culpa acabou recaindo sobre um assessor, Ezequias Moreira. Beto disse que nunca havia sabido de nada.

Rossoni segue nessa linha de discurso. Se culpa houve, não foi dele. É cedo para dizer qualquer coisa. Mas se as investigações provarem que tudo foi como parece ter sido, o argumento de Rossoni é, no mínimo, frágil.

Se Lula já tinha obrigação de saber o que ocorria, mesmo sendo o governo federal gigante como é, Rossoni tem como agravante o fato de que a Assembleia não é tão grande assim. Muito menos o seu gabinete.

Claro: há a desculpa de que tudo era uma bagunça, que as contratações eram feitas de qualquer maneira. Mas, mesmo assim, isso não exime o atual presidente completamente. Afinal, ele foi primeiro-secretário da Assembleia. Nesse cargo, poderia ter feito exatamente as mudanças que impediriam a tal balbúrdia.

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