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Na contramão do mundo, Brasil prende cada vez mais gente. E sem evitar crimes
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Cadeia
Dos quatro países que têm maior população de presos no mundo, o Brasil foi o único que não teve redução em nenhum momento do século 21. Ano a ano, o governo brasileiro põe mais gente em celas, ao contrário do que vem acontecendo em outros países – alguns com resultados bem melhores na redução de crimes.

Hoje, a maior população de encarcerados no mundo, segundo o World Prison Brief, é a dos Estados Unidos. São 2,2 milhões de pessoas. Mas esse número vem caindo regularmente, pelo menos desde 2008: em oito anos, a população carcerária caiu pelo menos 100 mil pessoas.

Segundo estudos feitos nos EUA, isso se deve basicamente a dois fatores: legislações estaduais que dificultam o encarceramento (no nível federal a reforma não foi aprovada); e ação do governo Obama, que soltou vários prisioneiros.

O curioso é que há uma correlação: estados que mais diminuíram o encarceramento foram os que tiveram maior redução de crimes (e parece que a explicação não é mesmo o contrário – de que menos gente foi presa porque houve menos crimes).

A China, que tem 1,6 milhão de presos também vem diminuindo suas taxas nos últimos anos. Eram 1,7 milhão de presos seis anos atrás. E a Rússia pode ser ultrapassada pelo Brasil em breve.

Na Rússia, em 14 anos, a população carcerária, mesmo sob um governo autoritário como o de Putin, caiu de 1 milhão para 677 mil pessoas. Ou seja: caiu um terço.

Aqui, desde 2000, o número subiu todos os anos. E, como se sabe, o país continua tendo cerca de 60.000 homicídios por ano. E os crimes dentro das cadeias só agravam essas taxas. Sem contar que a formação de facções piora ainda mais a situação.

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