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“Não somos mais a rainha do baile”, diz Veneri sobre coligações
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O deputado estadual Tadeu Veneri, visto como possível candidato petista à prefeitura de Curitiba, afirma que a discussão do partido sobre dar preferência a candidaturas próprias, ao invés de fazer coligações, não depende unicamente de um vontade do partido. Depende também do ânimo de outras legendas, que neste momento podem não estar mais tão dispostas a se aliar com o PT.

“Não somos mais a rainha do baile. Temos que entender isso para poder começar um debate interno”, diz o deputado, que por enquanto não fala abertamente sobre sua disposição em ir às urnas contra Gustavo Fruet em 2016. Atualmente, o PT tem a vice de Fruet, Mírian Gonçalves, e participa da gestão com a indicação de três secretários municipais.

Veneri diz que o seu partido cometeu erros. “Não digo nem nos últimos dez anos. Os erros foram cometidos nesses dez anos, mas também antes”, afirma. A estratégia de lançar candidaturas próprias nas principais cidades do país é vista como uma retomada do caminho que o PT percorria nos anos 1980, quando ainda era uma legenda menor.

Para o deputado, porém, apesar da proximidade das eleições e da relevância da discussão, o PT tem feito pouco esse debate em Curitiba por enquanto. Isso até em função do momento nacional do partido. Segundo ele, a relação “dúbia” do PT nacional com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está interditando as discussões no momento, já que não fica claro qual caminho o partido quer tomar.

E as discussões sobre eleições devem ocorrer só a partir de abril. Até para esperar e ver quais serão os caminhos de Gustavo Fruet. “Por enquanto, que eu saiba, não houve qualquer manifestação pública da parte do prefeito sobre a manutenção da aliança”, afirma.

“Temos que tentar reconstruir o partido pela esquerda. Não sei se essa estratégia funciona. Mas não podemos negar que o PT passa por um momento difícil, e não adianta fazer uma mudança puramente cosmética, como o PFL dez ao mudar o nome para DEM. É preciso discutir a essência do que o PT quer ser”, diz ele. E mais: “E não adianta termos a ilusão de que em todas as cidades em que entrarmos com candidato próprio vai ser para ganhar.”

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