A candidatura de Roberto Requião neste ano pode até parecer um enigma. Era candidato à reeleição para o Senado; depois inventou de falar que ia disputar o governo; agora se coloca como candidato a presidente. Mas para quem acompanha de perto a história, não há enigma algum.
Requião deve mesmo tentar a candidatura ao Senado. Seria seu terceiro mandato em Brasília. Das três eleições, de longe essa é a mais fácil (embora não haja nada garantido nessa vida). E Requião parece gostar de seu papel de enfant terrible da República.
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A candidatura ao governo é mera estratégia. Quer forçar Osmar Dias a tomar uma decisão e formar chapa com ele. O recado é que se Osmar bobear, ganha um adversário pela esquerda, o que pode complicar seus planos. Até agora, ninguém piscou, mas certamente Requião na última hora vai ceder.
E a campanha presidencial é um mito. A cada quatro anos Requião inventa de colocar seu nome na convenção do PMDB. Nunca deu em nada, e n ão há de ser agora. Serve para marcar posição dentro de um partido em que ele está cada vez mais isolado.
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