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O caso Carli e as multas pagas pela Assembleia Legislativa
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Carli

Quando o então deputado Ribas Carli Filho matou duas pessoas no trânsito, em 2009, logo se descobriu que ele estava com a carteira de motorista cassada, por excesso de infrações. Não era o único, Na época, a repórter Rosiane Correia de Freitas descobriu que um terço dos integrantes da digna Assembleia Legislativa estavam sem carteira por serem infratores reincidentes. Parte do fenômeno se explica agora com a denúncia do Ministério Público de que o Legislativo pagava a conta da zoeira.

As datas são diferentes. O que o Ministério Público afirma é que em 1999 e 2000 a Assembleia pagava as multas dos senhores deputados como se fôssemos nós, os cidadãos, os culpados. O sujeito passou no sinal vermelho de carro oficial? Socialize-se o prejuízo. Pagamos a conta para o nobre deputado. É claro que isso, ao longo do tempo, vai criando mais uma vez a sensação de impunidade, de que o sujeito pode fazer tudo e nunca vai arcar com as consequências.

Não é coincidência que um terço de uma dada população seja infratora. Na população em geral, certamente o número não passa nem perto disso. Mas, acostumados com a impunidade, os deputados podem ter achado que podiam enfiar o pé no acelerador sem consequências. Mesmo que o pagamento tenha parado em 2000 (e vá saber quantas artimanhas mais há para ser descobertas), isso ajuda a criar o clima para o crime.

 

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