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O decreto da Urbs que obriga 100% dos táxis a operar em certos horários e 70% a atuar em outros é tão útil quanto a mais inútil das leis. Lembra aquele artigo do Código de Trânsito que previa penas para pedestres que cometessem infrações. A não ser que tenhamos de usar placas no pescoço, não funciona.

Como saber se 100% dos táxis estão operando? Se o sujeito parar em casa para almoçar, o que fará a prefeitura? Incentivará a mulher dele a ligar para um disque-denúncia? E se o sujeito precisar levar o filho ao médico, ou simplesmente não se sentir bem,?

O caso dos 70% é mais ridículo ainda. E se o motorista decidir dar uma paradinha, o que terá de fazer? Acionar uma rede de contatos para descobrir se com isso o número cairá para 69,9%? E nesse caso teria de ligar para os colegas, de um em um, pedindo que alguém o substitua para ele ir ao banheiro?

Mais grotesco: se o sujeito parar e com isso, digamos, momentaneamente a frota ficar abaixo dos 70%. Quem seria punido? O último a parar? E como a Urbs, que não consegue nem controlar o horário do ônibus, acha que controlaria isso?

A Câmara de Curitiba já vive lotada de propostas ridículas. A novidade é que agora o Executivo parece ter entrado na mesma onda.

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