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Edward Snowden: antes dele, ninguém sabia que havia espionagem?

Edward Snowden: antes dele, ninguém sabia que havia espionagem?

Com que, então, o governo brasileiro não foi capaz de construir até o momento uma intranet para que os ministros se correspondam com a presidente? É isso o que se depreende das declarações do ministro Paulo Bernardo à imprensa para explicar como e porque os Estados Unidos (ou quem quer que fosse) poderia ter acesso à comunicação de Dilma Rousseff.

“Vamos ter de construir uma intranet em áreas sensíveis”, afirmou o ministro das Comunicações ao jornal O Estado de S. Paulo em matéria publicada nesta terça-feira. A declaração foi dada depois de revelar-se um monitoramento que a NSA estaria fazendo de e-mails de Diloma Rousseff. “Tem gente que manda e-mail pelo Gmail, com cópia para o Obama”, disse o ministro.

É claro que o país tem todo o direito de se indignar quando algum governo estrangeiro vem fuçar na correspondência da presidente da República. Mas devemos ficar igualmente indignados com o nosso governo que, sabendo quais são os riscos envolvidos, aparentemente deixou de fazer o básico e de proteger a comunicação dentro do Palácio do Planalto.

O governo fala agora em cassar licenças de quaisquer empresas que cooperem com espionagem internacional contra o Brasil. Ótimo. É preciso que se discutam medidas para reprimir quem cometer crimes. Mas, nesse tipo de situação, a correção é normalmente impossível. O que é preciso é investir na prevenção. Porque, depois de os dados vazarem, pouco adianta você punir os envolvidos.

E obviamente o governo norte-americano não é o único nem talvez seja o principal interessado em bisbilhotar a correspondência do nosso governo. Empresas de fora e, por que não?, empresas nacionais, têm até mesmo motivos mais diretos para fazer isso. E quem disse que não estão fazendo?

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