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O partido de Marina nem existe e já quer quebrar a lei
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Marina

Marina Silva perdeu as eleições presidenciais em 2010. Saiu do PV em 2011. De lá para cá teve, no mínimo, dois anos para decidir o que queria fazer. A lei lhe dava a possibilidade de criar um novo partido para disputar a eleição novamente em 2014. Dava tempo de sobra.

Todo mundo sabia que era isso que Marina faria. Ninguém joga fora um caminhão de votos assim tão fácil. Ela foi terceiro lugar com 19 milhões de eleitores, uma posição que certamente lhe dá esperanças de chegar ao segundo turno, pelo menos, desta vez. Mas Marina dizia que não sabia o que queria.

Ao invés de lutar desde o primeiro dia pelo novo partido, a ex-ministra decidiu fazer-se de desentendida. Talvez fosse candidata, talvez não fosse. Num óbvio lance de marketing, decidiu não lançar seu nome cedo demais para não parecer que estava desesperada por ser presidente. Fez charme até onde pôde.

Não haveria nada demais nisso, se o charme de Marina não tivesse levado a candidata (agora mais ou menos assumida) a pedir que se quebre a lei do país para ela poder, finalmente criar seu partido. Como deixou tudo para em cima da hora, Marina precisa que agora os cartórios do país verifiquem a veracidade de 188 mil assinaturas em favor da sua Rede em poucos dias. Senão, o TSE não aprova o partido até 5 de outubro, como seria necessário.

Marina e seu inexistente partido foram à Justiça pedir que se “presuma” a veracidade das quase 200 mil assinaturas. Diz que ela não pode pagar o preço da ineficiência e da demora da Justiça. A estratégia nitidamente é irregular: pedir que a lei seja “flexibilizada”, só um pouquinho, para que ela possa ser candidata.

Como diria o comentarista de esportes, a regra é clara. Marina não quis jogar por ela e agora pede que a lei seja desrespeitada em seu benefício. Para quem quer ser presidente, sinceramente, não faz muito sentido. O primeiro ato dela, caso eleita, será necessariamente jurar respeito à Constituição e, portanto, à lei. Marina, convenhamos, começou mal.

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