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Bancos são o que há de pior na nossa economia – estou convencido disso. E acho que a imprensa deveria fazer uma campanha de fiscalização mais intensa sobre eles.

A matéria da Folha de São Paulo deste domingo, mostrando que o spread bancário do país é o mais alto do mundo, pouco surpreende.

Há concentração de poder em poucas mãos, antes de mais nada. Hoje, quantos grandes bancos há aqui? Dois públicos e quatro privados: Santander (que engoliu o Real); HSBC (que papou o Bamerindus); Itaú (que levou o Unibanco e sabe-se lá mais quantos); e Bradesco.

Segundo, o governo é complacente demais com essa gente. Eles quase não pagam impostos e pouco têm de prestar contas de seus atos.

O spread é altíssimo, e o que se fez sobre isso? Agora, 508 anos depois da chegada de Cabral, Lula determinou que os bancos públicos diminuam sua margem de ganho, para obrigar os outros a um pouco de competição. Ótimo, mas por que só agora?

Bancos gastam fortunas em propagandas de projetos sociais que custam só um décimo do intestido na publicidade.

Bancos deduzem o valor gasto em seus projetos sociais e artísticos do pouco imposto de renda que pagariam.

Bancos desrespeitam as leis e deixam você na fila do caixa o dobro do tempo permitido. Só para não contratar mais caixas.

Bancos têm lucros bilionários todos os anos, e mesmo assim se recusam a contratar mais gente ou a pagar melhor seus funcionários.

E qualquer coisa que aconteça, eles ameaçam a gente, o governo e o mundo com o tal risco sistêmico. Por qualquer motivo, dizem que vão quebrar e que precisam de compreensão.

Bancos, no formato que têm hoje, são o princípio do mal desse país.

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