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Os nossos Arrudas?
| Foto:
Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Vista da Assembleia: olhando assim de fora, parece tudo tão tranquilo…

Pois então Abib Miguel, Cláudio Marques da Silva e José Ary Nassiff continuarão presos. Antes, era uma prisão provisória, durava no máximo dez dias. Agora é preventiva, e a coisa ficou bem diferente.

A prisão preventiva serve basicamente para a mesma coisa que a provisória: ajuda a polícia e o Ministério Público a evitar destruição de provas. Há outros motivos possíveis, e os promotores até citaram um (a garantia da ordem pública), mas o que pegou aqui mesmo foi a possibilidade de alguém atrapalhar a investigação.

Foi o mesmo caso que aconteceu no caso de José Roberto Arruda, o ex-governador do Distrito Federal: ele ficou preso menos pelos crimes cometidos do que pelos indícios de que poderia destruir provas importantes.

Por isso, por incrível que pareça, o picador de papel encontrado na casa de Bibinho e o saco de papel picado têm mais a ver com a prisão do grupo até o momento do que qualquer outra prova levantada pela imprensa ou pelas autoridades.

Ah, outra coisa. Como a lei não determina prazo máximo para esse tipo de prisão, só o juiz decidirá agora se e quando o grupo deixa a cadeia. Os advogados podem entrar com recurso e, só se o juiz achar que eles têm razão, saem. Senão, podem ficar meses presos, esperando que o caso ande.

Fico pensando: será que o Ministério Público tem em mira outras pessoas ligadas ao caso? Deve ter. Será que veremos nos próximos dias uma Operação Ectoplasma II?

Se houver, fica a dica deste blogueiro: senhores investigados, se forem picar papel, sejam mais discretos!

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