Dilma Rousseff e Beto Richa fizeram por merecer os baixos índices de aprovação que receberam nesta nova rodada de pesquisa.
A presidente não só comanda uma economia de recessão com mão de ferro e um duro ajuste fiscal como ainda se viu envolvida em escândalos de corrupção.
O governador comanda um ajuste fiscal igualmente duro e viu o primo, auditores e funcionários serem presos por diversos escândalos. Como cereja do bolo, sua PM massacrou manifestantes em praça pública.
Com isso, é “natural” que tenham chegado a índices de rejeição de 87% e 84%. ninguém fica feliz com o tipo de governo que se desenha tanto em Brasília quanto aqui.
E, no entanto, se você perguntar tanto à presidente quanto ao governador, a resposta será a mesma, por mais que os dois estejam em campos opostos da política: a crise econômica veio de fora, o ajuste fiscal era necessário e o melhor está por vir.
Em nenhum caso será exatamente mentira. A presidente herdou a crise econômica de outros países – mas tudo indica que contribuiu para agravá-la. O governador herdou dívidas – mas tinha uma receita em crescimento e só se afundou em mais dívidas.
Nos dois casos, o ajuste fiscal é para evitar que o barco afunde. Para tentar segurar as coisas num limite razoável até que a economia (sempre cíclica) melhore. Ninguém imagina que com o que está sendo feito o país (ou o estado) passe a nadar em dinheiro. Seria mais do que ingenuidade.
O principal “botão” para que o eleitor decida se gosta ou não de um governo parece ser sempre o econômico. E nesse sentido a popularidade de um só melhorará junto com a do outro.
Por enquanto, todo mundo está mesmo é com raiva de políticos. Pelos motivos certos, e também pelos errados.
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