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Ricardo Barros e Cida Borghetti. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo.
Ricardo Barros e Cida Borghetti. Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo.| Foto:

Dizem que em política, boi voa. Na eleição do Paraná, dá para começar a acreditar. Tudo leva a crer que Ricardo Barros (PP) estaria disposto a “emprestar” um partido para um adversário direto pela corria ao governo do estado. Tudo para evitar que a disputa acabe no primeiro turno.

Barros, principal articulador da campanha de Cida Borghetti (PP) à reeleição, estaria com medo de que Osmar Dias (PDT) acabe desistindo da disputa por não ter apoios suficientes. O cenário é ruim para Barros e Cida porque, neste caso, Ratinho Jr. (PSD) teria tudo para levar o governo já no primeiro turno.

Pensando nisso, Barros estaria disposto a trabalhar para que uma das legendas que hoje estão dispostas a apoiar sua esposa passe para o outro lado. Há duas opções em debate: o PSB e o PPS. O PSB seria melhor para Osmar, mas o partido tem resistência; o PPS ainda não respondeu.

O problema do acordo com o PSB é a ligação do partido com os tucanos. Isso traz Beto Richa (PSDB) para o acordo. E os deputados do PSB, que são fortes, não topam a ideia de perder a chapa montadinha que têm com os tucanos, e que facilita a reeleição de todo mundo. Indo com o PDT, o risco é grande.

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O PPS não tem acordo com ninguém. E sabe-se que Barros teve uma reunião com Rubico Camargo, braço direito de Rubens Bueno (PPS), na noite desta segunda-feira.

Osmar teria mandado um recado indireto para o PSB, por meio de emissários próximos. Diz que, como está negando a aliança com o MDB de Roberto Requião, precisa do PSB. Ou será obrigado a ir para o Senado. Isso acendeu a luz vermelha de Ricardo Barros.

“A Cida precisa de mais tempo de campanha, ainda é desconhecida. Se não tiver segundo turno, ela está morta”, diz um aliado da governadora.

Do lado de Osmar, ninguém põe a situação exatamente nesses termos. Mas não se nega o interesse numa composição. “A gente não disse tudo isso. Mas o pessoal do PSB entendeu o recado”, diz um deles. “O Barros é um sujeito pragmático, sabe que é melhor ceder um pouco agora do que pôr tudo a perder”, completa.

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