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Equipe da peça e público que protegeu o cenário. Foto: A Arte da Comédia.
Equipe da peça e público que protegeu o cenário. Foto: A Arte da Comédia.| Foto:

O clima de intolerância política chegou ao Festival de Curitiba neste fim de semana. Uma peça do Fringe, a maior mostra de teatro do país, que estava marcada para a Praça Santos Andrade, foi alvo de agressões de manifestantes de extrema direita que pediam a volta da ditadura militar.

O diretor Roberto Innocente explica que o Festival de Teatro tinha feito tudo certinho para liberar a praça – pegou os documentos com a prefeitura etc. No entanto, na hora de montar o cenário para “A Loucura de Isabela”, os atores descobriram que as escadarias da UFPR estavam tomadas.

“Um grupo de umas 30 pessoas se manifestava pela volta da ditadura”, conta Innocente. Ele diz que os atores resolveram tentar uma conciliação. Perguntaram até que horas iria o protesto e explicaram que precisavam de uma hora para montar o cenário. Pode ser? Tudo combinado.

Confusão

No entanto, quando a equipe voltou às 15h com o cenário, os manifestantes não quiseram saber de ir embora. Pelo contrário. Chutavam o cenário e diziam que os atores iam ver o que vai acontecer quando os militares voltarem. “Vai acabar esse cirquinho de vocês”, diziam, segundo Innocente.

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Segundo o diretor, os policiais que estavam na praça foram comunicados do problema, mas não deram bola e foram embora. E quem acabou resolvendo tudo foi… o público. “Começaram a chegar as pessoas e, vendo aquilo, decidiram fazer um cordão e proteger o cenário”, conta o diretor.

Depois de alguma confusão, os manifestantes foram embora e a peça começou. Meia hora atrasada, mas começou.

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