A confusa eleição para a presidência da Câmara de Curitiba, em dezembro, teve mais uma consequência nesta sexta-feira. O PSDC decidiu expulsar o vereador Cacá Pereira, que até então era o líder do partido. Se o vereador não conseguir reverter a decisão na Justiça, deverá perder o mandato.
Luiz Adão, presidente estadual do PSDC, diz que o partido vai solicitar imediatamente a perda de mandato de Cacá Pereira. Caso ele saia, o suplente a ser convocado é Fernando da Padaria. Pela lei brasileira, o cargo de vereador pertence ao partido. Se o político sai do partido ou é expulso, a vaga fica para o suplente da legenda.
O PSDC tem apenas dois vereadores em Curitiba. Mesmo assim, rachou na eleição interna. Cacá Pereira, que era o líder, assinou documento levando o partido para o bloco de Aílton Araújo (PSC), que acabou sendo eleito presidente. O partido, porém, decidiu destituir o vereador da liderança e escolher Chicarelli, ou outro vereador, para o posto.
Chicarelli e a direção da legenda queriam apoiar o grupo dissidente, que iria lançar Zé Maria (SD), Pastor Valdemir (PRB) ou Tito Zeglin (PDT) para a presidência. O vereador chegou a assinar a formação do bloco, mas a Câmara determinou que o líder era Cacá Pereira e que a assinatura dele era a que valia.
Embora tenha uma bancada pequena, o PSDC foi fundamental para garantir que Araújo fosse eleito. O regimento da Câmara determina que o bloco com mais vereadores elege o presidente. Caso o PSDC mudasse de lado, o bloco dissidente acredita que teria vencido a eleição.
Segundo Luiz Adão, além de desrespeitar a ordem do partido, Cacá Pereira também se recusou a votar no colega de partido, Chicarelli, quando ele pôs seu nome como candidato contra Aílton Araújo. Já que o PSDC estava no bloco majoritário, o partido podia apresentar candidatos a presidente. Mas Chicarelli perdeu por 25 a 12, e não teve o voto do correligionário.
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