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Foto: Antônio Cruz/ABr.
Foto: Antônio Cruz/ABr.| Foto:
Foto: Antônio Cruz/ABr.

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O fato de o ministro da Defesa, Celso Amorim, ter escrito ofício admitindo torturas e violações de direitos humanos durante a ditadura de 1964 não significa que as Forças Armadas tenham aceitado que precisam pedir desculpas ao país. Em entrevista ao jornal O Globo, o general da reserva Augusto Heleno, espécie de porta-voz de parte importante dos militares nos últimos anos, deixou claro que essa é uma admissão do ministro, não dos militares.

“Pelo que li do ofício, em nenhum momento as Forças Armadas reconhecem a tortura. O reconhecimento aconteceu por parte do Ministério da Defesa. Esta história de querer que as Forças Armadas peçam desculpa… é lógico que ninguém vai aceitar isso aí. Não tem sentido essa orquestração. Eles vão pedir desculpas pelos inocentes que eles mataram?”

Segundo Augusto Heleno, “anistia é esquecimento”. “Não adianta resolver o passado só com um lado da história. Tudo isso é esquecido para transformar as Forças Armadas em vilã”, afirmou o general.

O general disse mais:

“O governo já pagou polpudas indenizações pelo fato de ter reconhecido que o Estado brasileiro teria desrespeitado os direitos humanos. Algumas delas, estapafúrdias. Mas já estão pagas. Esta comissão não tem nenhuma credibilidade, pois só trabalha para um lado. Eles querem transformar guerrilheiros, assaltantes e assassinos em bonzinhos. Estão querendo fazer uma nova caça às bruxas”.

Como está na reserva, não há nada que o Ministério da Defesa possa fazer contra Heleno. Pior isso ele, ao contrário dos militares da ativa, fala à vontade.

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