Quem conhece bem o governador Beto Richa acha que ele poderá fazer uma boa reforma no seu secretariado antes do fim do ano. A principal decisão a ser tomada é se Ratinho Jr. fica ou sai de onde está. Richa continuaria indignado com o tom da campanha que seu partido, o PSD, moveu contra o governo em Curitiba ao apoiar Ney Leprevost.
Ratinho já sofreu uma sanção velada de Richa com o decreto assinado nesta semana que obriga todas as despesas significativas do primeiro escalão a passarem pelas mãos do governador. Segundo gente ligada ao governo, o alvo do “controle de despesas” é a Secretaria de Desenvolvimento Urbano.
O que está em jogo é a chave do cofre mais generoso do estado, que tem os fundos do ParanáCidade, distribuídos para os prefeitos de todo o estado. Para quem quer ser governador não há posto melhor. Ratinho, nesse sentido, é refém de Beto. Mas também tem uma bancada de 14 deputados para retaliar o governador, se for preciso.
Além dessa, há outras duas secretarias vagas. A administração ficou sem dono depois que Reinhold Stephanes assumiu como deputado federal. O Planejamento está na mão do grupo de Ricardo Barros, mas pode mudar de titular depois das perdas eleitorais da família. O favorito para assumir as duas pastas, acumuladas, seria o atual líder do governo, Luiz Claudio Romanelli.
Se um dia Romanelli sair da liderança na Assembleia, resta outro desafio: seu sucessor. Os mais cotados seriam o veterano Elio Rusch e o novato Pedro Lupion.
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