A nova regra proposta pelo governo federal traz um problema principalmente para quem começa a trabalhar cedo. Pela sugestão da presidente Dilma Rousseff, homens terão que somar 95 pontos (anos de trabalho + idade) e mulheres, 85. Ou seja: não basta o tempo de trabalho.
O fator previdenciário, que está em vigência desde o governo Fernando Henrique Cardoso, já traz o mesmo problema. Ao impor uma idade mínima para a aposentadoria, faz com que todos tenham que chegar a um mesmo patamar – mesmo que tenham começado a trabalhar mais cedo.
Antes dessas duas regras, o sistema era mais simples. O sujeito começava a trabalhar e contava 35 anos. Se começasse, aos 15, aposentava aos 50. Se começasse aos 30, aposentava aos 65. Quem começava mais tarde, terminava mais tarde.
Com o fator previdenciário, só quem chega à idade mínima tem 100% de benefício. Mas é possível se aposentar antes. Com a nova regra, nem isso. É preciso ter a soma necessária e ponto.
No caso do exemplo acima: se o sujeito começasse como aprendiz aos 15, sendo homem, se aposentaria aos 55 anos. Se começasse aos 30, se aposentaria aos 65. Ou seja: quem começou mais cedo precisou trabalhar cinco a mais do que aquele que começou mais tarde.
Ninguém duvida que a conta precisa fechar, e que talvez seja necessário mudar as regras. Mas por que colocar a conta sempre para o mais pobre?
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.
-
Marco Civil da Internet chega aos 10 anos sob ataque dos Três Poderes
-
STF julga ações que tentam derrubar poder de investigação do Ministério Público
-
O difícil papel da oposição no teatro eleitoral da Venezuela
-
Ratinho e Bolsonaro superam “efeito Kassab” para aliança PSD-PL em Curitiba e mais sete cidades
Deixe sua opinião