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Requião promete atazanar a vida dos correligionários como sempre fez
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A campanha de Roberto Requião contra seus correligionários de PMDB que se bandearam para o lado de Beto Richa faz parte de uma antiga estratégia do senador. Requião nos últimos dias, como se viu na imprensa, fez reunião em tenda à frente da sede do partido para destituir a Executiva estadual do PMDB; retomou simbolicamente a sede do diretório chamando um chaveiro para arrombar a porta; e tem feito de tudo para atazanar os peemedebistas “rebeldes”, como orlando Pessuti e Osmar Serraglio.

Requião nunca foi um conciliador. Aliás, adora citar uma frase de Churchill sobre o tema: o conciliador seria aquele que alimenta o crocodilo na esperança de ser o último a ser comido por ele. Ok. Churchill estava falando da não adesão da Noruega à campanha contra Hitler no início da Segunda Guerra, algo um pouco mais sério do que as disputas internas dos peedemedebistas, mas vá lá.

Conta a lenda que Requião, então governador, desistiu em cima da hora de ver a segunda posse de Rocha Loures na Fiep. Na primeira eleição, o empresário havia tido apoio de Requião. Na reeleição, voou solo e estava brigado com o governador. Segundo a história, Requião até queria ir à posse. Mas teria dito que não o faria. Senão qualquer um pensaria que podia fazer o mesmo com ele.

Na lógica política de Requião, não há espaço para os que ficam em cima do muro ou o abandonam. Como disse em outra entrevista, para ele “amigo é amigo, e fdp é fdp”. Tudo indica que Requião fará de tudo para ir atrás dos que jogaram contra ele. Tanto é que se dispôs a perder tempo precioso de campanha para combater os próprios correligionários. Ele não acredita em conciliação: quer ver os inimigos de joelhos dobrados. E, agora, como candidato ao governo, sabe que é o momento em que está novamente por cima.

Se os “rebeldes” se dobrarão é outra história. Mas Requião vai fazer o que estiver a seu alcance para tornar a vida deles miserável dentro do partido.

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