O deputado federal paranaense Ricardo Barros (PP) diz que ainda não sabe como vai votar no processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara. “Isso eu vou decidir no dia. Até lá pode aparecer muito fato novo, novas ações da Lava Jato. Não tem porque antecipar”, diz.
Barros é um dos dois paranaenses do Conselho de Ética – o outro é Sandro Alex (PPS), que já declarou voto pela admissibilidade do processo contra Cunha. O presidente da Câmara foi acusado de quebra de decoro por ter mentido na CPI da Petrobras. Cunha disse que não tinha contas na Suíça, o que foi desmentido posteriormente.
Nas duas únicas votações referentes ao processo até o momento no Conselho, Barros deu votos “pró-Cunha”, ao votar pelo adiamento do julgamento do caso. Mas o deputado nega que isso signifique uma defesa do presidente da Câmara.
“Votei de acordo com a orientação do meu partido. Tenho me dedicado à Comissão do Orçamento [da qual o deputado é relator] e não tenho acompanhado as sessões do Conselho de Ética. Depois que votar o orçamento, vou ter mais tempo para me dedicar a isso, ler o processo, a defesa”, diz.
Numa votação apertada como deve ser a do processo de Cunha, a posição de cada deputado pode fazer diferença. Para se ter ideia, nas duas votações ocorridas até aqui, houve empate em dez a dez e o presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), precisou desempatar.
Barros, que é vice-líder do governo, diz que o mesmo vale para o impeachment da presidente Dilma: ainda não tem convicção formada.
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