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Richa e as “torneiras do desperdício”
| Foto:
Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Todo mundo se lembra: um dos lemas, se é que não foi o principal, da campanha de Beto Richa para o governo do estado, em 2010, era o de que ele conseguiria fazer “mais com menos”. Ou seja: gastando menos dinheiro, conseguiria mais resultados.

A reportagem da Gazeta do Povo desta segunda-feira, assinada por Karlos Kohlbach mostra que pelo menos a segunda metade da promessa não está sendo cumprida. O governo não está gastando menos. Está gastando mais.

Richa, com sua proposta, estava dizendo na época que o governo anterior não fazia o que era necessário por incompetência: recursos havia, o que não havia era uma boa gestão que permitisse o seu bom uso. Era preciso “fechar as torneiras do desperdício” (nessa hora, ele girava a mão direita como quem fecha uma torneira).

No primeiro ano de governo, Richa fez uma choradeira. Havia recebido uma herança maldita. Era preciso primeiro pôr a casa em dia, para depois agir. Fazer mais com aquilo que tinha disponível? Parece que não dava…

O segundo ano continuou na mesma balada: o estado tinha um comprometimento de receitas muito alto, era preciso fazer empréstimos. O terceiro ano continua no mesmo tom: sem os empréstimos, que ainda não saíram, a coisa está difícil…

Mas e cadê o tal choque de gestão? Cadê os cortes, o combate à ineficiência? Não havia torneiras de desperdício abertas? Não foram fechadas?

O que parece é que tudo continua exatamente como antes. Mas pode ser pior. A matéria de Kohlbach mostra com dados que a folha só inchou desde que Richa assumiu. Parte com comissionados, embora o governador tenha dito que não fosse dar cargos para a companheirada. E o resultado é que gastam-se R$ 10,2 bilhões só para pagar funcionários.

Faz-se o mesmo que antes, talvez. Mas gastando cada vez mais. E já estamos a um ano e meio do fim da gestão.

Parecia tão simples: era só fechar uma torneirinha… Será que é preciso quatro anos para isso? Ou quem sabe oito?

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