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Richa escolhe políticos, Fruet chama técnicos. Quem está certo?
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Antônio More/Gazeta do Povo

O governador Beto Richa (PSDB) continua a apostar em um governo composto eminentemente por políticos. Quando disputou a eleição em 2010, afirmou que, ao contrário do PT, não iria lotear o governo para a companheirada. Exceto por não chamar ninguém de companheiro, é exatamente o que está fazendo.

A reforma que Beto promove nesta semana mostra até um aprofundamento de sua política de ampla coalizão e de distribuição de cargos de acordo com a força dos partidos que o apoiam. Levará PSD e PSC a postos importantes e dará “mais espaço” ao PMDB. (Espaço para que é uma boa pergunta…)

Tudo indica que uma das poucas indicações técnicas importantes, a de Lindolfo Zimmer, na Copel, também servirá para abrir “mais espaços” para políticos. A Sanepar entra no jogo. O loteamento é praticamente completo.

Logicamente, a intenção de Richa é manter os partidos felizes para que o apoiem em 2014, e no meio do caminho evitar tropeços na Assembleia Legislativa, que já é majoritariamente governista.

Curiosamente, o aprofundamento da divisão dos cargos no governo se dá num momento em que Gustavo Fruet (PDT) assume a prefeitura tentando formar um governo eminentemente técnico. A maior parte de seus secretários é de professores universitários, servidores de carreira, especialistas…

Claro que houve também loteamento: o PT tem quatro secretários. DEM, PV e o próprio PDT também estão lá. Há também o nepotismo da mulher e da irmã. Mas, mesmo assim, secretarias chave ficaram na mão de especialistas.

Quem estará certo? Será que Fruet estará prejudicando as próprias chances de reeleição? Perderá a base na Câmara? Ou poderá mostrar que é possível governar sem ceder todos os “espaços” aos caciques de plantão. Em pouco tempo saberemos…

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