Richa monta mais uma de suas chapas gigantes

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Beto Richa apaerta a mão de Nelson Justus, do DEM: apoios de todo gênero. Divulgação/Facebook.

O governador Beto Richa (PSDB) conseguiu mais uma vez montar sua chapa do jeito que gosta. Uma imensidão de partidos que contará com um tempo gigante na televisão e com cabos eleitorais de todos os tipos em todas as regiões do estado. Olhando por um lado, fica parecendo um balaio de gato com gente de todo tipo e que até há pouco nem conversava. Por outro, mostra que Richa tem muito mais poder de articulação do que o PT, por exemplo, que sofreu para montar sua chapa.

Richa conseguiu, em primeiro lugar, aplacar as diferenças dentro do PSDB, trazendo Alvaro Dias de novo para o grupo. No ano passado, após as eleições municipais, conquistou o apoio de Ratinho Jr., do PSC, que fez um caminhão de votos para prefeito. E agora, à beira do prazo final das convenções, “domou” mais dois grupos grandes que podiam fugir de seus domínios: o grupo de Ricardo Barros, que terá a vice, Cida Borghetti; e o PPS, de Rubens Bueno, que ainda tentou se fazer de difícil mas entrou na chapa como sempre.

Tivesse fechado com o PMDB e teria quase todos os partidos grandes a seu lado. Mas, mesmo com a candidatura de Roberto Requião, ainda terá apoio de vários deputados estaduais do partido, que desde o começo queriam fechar acordo com os tucanos. Com tudo isso, Richa terá mais de oito minutos na televisão e de rádio e, principalmente, gente grande pedindo voto para ele no interior e na capital.

O preço disso, claro, é que o segundo governo, se vier, terá de distribuir poder no velho formato do presidencialismo de coalizão, entregando secretarias para todo mundo. Também há o preço registrado na foto: Richa continua fazendo acordos, inclusive, com o pessoal dos Diários Secretos da Assembleia Legislativa. Nelson Justus, do DEM, e Alexandre Curi, do PMDB, são dois dos aliados que o governador que “perdoa o pecador mas não o pecado” tem no Legislativo.