A ocupação da Assembleia pela polícia, determinada em parceria pelo novo presidente, Valdir Rossoni, e pelo governador Beto Richa, mostra que alguma coisa está realmente mudando por ali.
Na gestão passada, de Nslson Justus, as mudanças eram sempre graduais e sempre empurradas por enorme pressão da sociedade. Quanta grita não foi necessária para a instalação de um simples painel eletrônico que marcasse a presença dos deputados?
Justus reagia só quando a situação se tornava incontornável. Precisou de denúncias pesadíssimas para passar a divulgar os Diários Oficiais na internet. E mesmo depois de claros abusos de funcionários ainda relutava em fazer algo para puni-los.
Rossoni tomou caminho diferente. Chegou tentando mostrar quem é que manda. Enfrentou os temidos seguranças da Casa mostrando que tem na mão a Polícia Militar.
Da Mesa de onde comandará a Casa, usou a palavra para, na frente da televisão pública, avisar que os deputados “não venham defender absurdos”.
A coluna de Celso Nascimento de hoje lembra que Rossoni é cria antiga da Assembleia. Está lá há 20 anos.
“É de se imaginar, portanto, que o novo presidente mediu o bem terreno, devassou a escuridão e calculou o poder do fogo que terá de empregar para cumprir o que prometeu. Certamente sabe que o desafio que tem pela frente é muito maior do que os imaginários fantasmas que habitavam aquele quarto escuro da sua infância em Bituruna.”
Tomara que saiba. E tomara que as mudanças não sejam fogo de palha. Seria a melhor notícia do ano para a política paranaense.
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