Desde o primeiro momento se sabia que a vitória de Rafael Greca (PMN) na disputa pela prefeitura de Curitiba ia dar mais poder a Beto Richa (PSDB) na capital. Não fosse mais nada, por ter derrotado seu desafeto, Gustavo Fruet (PDT).
Agora, com a montagem do secretariado de Greca quase pronta, é possível saber mais de perto o tamanho da influência que Richa terá nas ações da nova prefeitura Até o momento, Richa e seu grupo emplacaram o vice-prefeito, três secretários e provavelmente o presidente da Câmara.
A figura mais relevante para o grupo de Richa certamente é Eduardo Pimentel. Homem de confiança do governador, o jovem aliado passou a ser o primeiro na linha de sucessão. E, de quebra, levou a Secretaria de Infraestrutura, por onde passam obras e contratos.
Mas a FAS também tem um papel na narrativa que Richa pretende contar daqui por diante. O cargo foi parar, por influência de Fernanda Richa, no colo de Larissa Tissot, uma de suas principais assessoras. Lá, ela deverá desfazer o que a gestão Gustavo/Marcia Fruet fez e voltar tudo ao modo como se fazia no período de Fernanda Richa.
O terceiro cargo conquistado tem importância para a família por outros motivos. A Secretaria de Esportes ficou com Marcello Richa, filho do primeiro casal. Lá, dificilmente ele terá grande influência na administração. Mas pavimenta seu caminho para ser deputado daqui a dois anos.
A presidência da Câmara, nas mãos de Serginho do Posto, é quase um bônus. Mas ainda há outros cargos a ser distribuídos, e Richa pode emplacar mais um secretário com belo orçamento na Comunicação.
Apesar de tudo isso, é de se duvidar que Greca vá ser um simples preposto de Richa, ou que a prefeitura seja um posto avançado do Palácio Iguaçu. O passado de Greca não o torna um aliado 100% confiável, e assim que Richa largar a cadeira, em 2018, pode muito bem ser que as coisas mudem de figura.
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