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Mauro Ricardo. Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo.

Mauro Ricardo. Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo.

Mauro Ricardo da Costa, o novo secretário da Fazenda de Beto Richa (PSDB), deu entrevista daquelas para o repórter José Marcos Lopes. A íntegra está disponível aqui. Mas, se for para resumir em poucas palavras o que ele disse, poderíamos dizer que:

1-) O aumento de impostos que está sendo votado na Assembleia é só o começo de um ajuste fiscal pesado que está vindo por aí.

2-) O ajuste fiscal passa também por um arrocho sobre as contas públicas e sobre o funcionalismo. Não deve haver contratações nem aumentos acima do obrigatório no curto prazo.

3-) A situação é essa, acima de tudo, porque o estado gastou mais do que devia.

Opa! Peraí. Mas isso contraria o que o próprio governador vinha dizendo sobre a economia do estado até aqui. Richa vinha dizendo que o problema das finanças do Paraná não estavam no quanto se gastava, mas sim na dificuldade de arrecadação trazida por um país em recessão técnica.

Claro que as duas coisas podem se complementar, e um discurso não anula o outro inteiramente. Mas Richa não vinha admitindo em nenhum momento que o Paraná preparou orçamentos “acima de suas possibilidades”, como Mauro Ricardo afirmou sem papas na língua na entrevista.

O novo secretário também contraria o governador no discurso básico da campanha de 2014. Richa dizia que “o melhor está por vir”. Mauro Ricardo diz exatamente o contrário. Os tempos, pelo menos os primeiros tempos do novo governo, serão de arrocho, sem dó nem piedade com o contribuinte e com o funcionário. Se querem algo melhor, diz o secretário, que esperem por 2016 ou 2017.

Sabia-se que Mauro Ricardo tinha sido importado para poder contrariar interesses. Não sendo daqui, poderia bater de frente com deputados e outros secretários sem causar danos a seu futuro político. O que não se imaginava era que ele tinha vindo bater de frente também com o discurso político do próprio governador.

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