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A prefeitura de São Paulo é uma máquina formidável para erguer ou derrubar políticos. De lá saíram presidentes da República, como Washington Luís e Jânio Quadros, e muitos presidenciáveis, como Ademar de Barros, José Serra e Paulo Maluf.

Mas perder uma eleição em São Paulo, como está prestes a ocorrer com José Serra, também pode ser um passo para o ostracismo. Se nem mesmo em seu reduto eleitoral mais forte Serra vencer, mesmo com o cacife de ter sido duas vezes candidato à Presidência, dificilmente o PSDB bancará mais uma aventura sua em 2014.

Os tucanos provavelmente vão se concentrar mesmo nos outros dois nomes fortes do partido nacionalmente: Geraldo Alckmin e Aécio Neves. E depois dos últimos tropeços de Aécio, pego em blitz bêbado e sem nenhuma relevância no Senado, Alckmin tem toda a chance de ser o candidato daqui a dois anos.

Mas e Fernando Haddad? O ex-ministro faz o caminho contrário. Num partido carente de lideranças nacionais como o PT, passa a ser quase a bola da vez caso consiga mesmo se eleger. Afinal, depois de Lula e Dilma, quem o PT teria para apresentar como presidenciável?

Haddad pode ser esse nome, se fizer uma gestão razoável. Até porque entre os senadores não há grandes candidatos. Suplicy? Paulo Paim? Nem entre os deputados federais. Os governadores, como Tarso Genro e Jacques Wagner, também não parecem à altura da tarefa.

O ex-ministro ainda é jovem e terá a máquina paulistana nas mãos. Fora ele, Dilma e Lula teriam de procurar um possível sucessor entre os nomes do ministério: Gleisi e José Eduardo Cardoso parecem as opções neste caso. Mas há tempo. Isso é só para 2018. Afinal, daqui a dois anos a candidata é mesmo Dilma.

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