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Só 9% dos deputados pró-impeachment citaram crimes ou pedaladas em discurso
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Colaborou Mariana Balan:

Dos 367 deputados federais que votaram pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no domingo, apenas 32 fizeram alguma menção à hipótese de crime de responsabilidade ou às pedaladas fiscais em seus discursos. Outros 335, o que equivale 1 91% dos votos pró-impeachment, não mencionaram o real tema em discussão e fizeram apenas discursos genéricos.

Em tese, o que estava sendo discutido na sessão de domingo era o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) relativo ao pedido de impeachment da presidente. Ou seja: o que os deputados deveriam dizer era se o relatório apontava ou não crime de responsabilidade da presidente – caso contrário, o processo não deveria seguir para o Senado.

As menções a Deus foram mais comuns entre os eleitores pró-impeachment do que as menções às pedaladas. Houve 45 menções a Deus ou à religião do parlamentar: 40% a mais. As menções às famílias dos deputados, foram muito mais comuns: 134 parlamentares pró-impeachment citaram em seu voto os pais, filhos, netos, bisnetos e até noras, irmãs ou tias falecidas. Isso equivale a 418% das menções ao crime de responsabilidade.

Outros 59 deputados fizeram menções vagas a “corrupção”, “roubalheira” ou outras palavras semelhantes, sem no entanto fazer ligação entre isso e o que estava efetivamente sendo julgado em plenário.

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