Todos os envolvidos (ou quase) já aprovaram a criação de uma Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa no Paraná. Resta apenas a assinatura do governador Beto Richa (PSDB) para que o projeto saia do papel. Seria a mais importante novidade no combate à criminalidade que dizima as periferias das grandes cidades do estado, principalmente Curitiba.
A série de reportagens Crime sem castigo, publicada no início do mês pela Gazeta do Povo, mostrou que apenas 23% dos homicídios cometidos na cidade em dez anos chegaram ao Judiciário. E só 4% já têm sentença de condenação. A taxa de impunidade é alta e só aumenta a insegurança.
A atual Delegacia de Homicídios, mostra a série, tem a seguinte situação: cada delegado tem três dias para resolver um assassinato antes que outro caso caia em suas mãos. Os crimes vão se acumulando e os que ficam para trás ninguém volta para resgatar.
O governo não diz quantos delegados teria a nova estrutura, mas certamente a Divisão exige aumento de pessoal e de estrutura. Hoje são cinco delegados. Em São Paulo, a criação da DHPP foi fundamental para reduzir o índice de assassinatos na capital.
O projeto paranaense já teria o aval do secretário de Segurança, Cid Vasques, e estaria na Casa Civil. Depois, vai a Beto Richa. A criação pode ser anunciada já nos próximos dias.
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