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Três deputados “estouram” em faltas
| Foto:
Andye Iore/Gazeta do Povo
Balbinotti: 27% de ausência, segundo a Transparência Brasil.

Três deputados federais do Paraná teriam “estourado” o limite de faltas caso a Câmara fizesse controle tão rígido quanto o de uma escola. Segundo a Transparência Brasil, que fez o levantamento, “teriam reprovado por faltas”.

A lista mostra a presença dos deputados de fevereiro a maio de 2010. São incluídos os deputados que faltam mais de 25% das sessões plenárias.

Do Paraná, entraram na lista Odílio Balibinotti, do PMDB, com 27% de faltas; Dr. Rosinha, do PT, também com 27%; e Affonso Camargo, do PSDB, com 26%.

Os paranaenses que aparecem em melhor situação na lista são Nelson Meurer (PP) e Gustavo Fruet (PSDB), com 3% de ausências cada um.

Outro lado

A assessoria do deputado Rosinha enviou nota ao blog dizendo que o deputado, como membro do Parlamento do Mercosul, tem mais de 92% de suas ausências justificadas. Leia íntegra da nota abaixo:

A respeito de postagem publicada em seu blog nesta quarta-feira (16/6), o
mandato do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) esclarece que:

1) O levantamento da ONG Transparência Brasil ignora a resolução 1/2007 do
Congresso Nacional, que, em seu artigo 14, parágrafo segundo, estabelece o
seguinte: “O registro da presença dos membros da Representação Brasileira
nas reuniões no Parlamento do Mercosul terá efeito equivalente ao
comparecimento às Sessões Deliberativas da respectiva Casa e do Congresso
Nacional”.

2) Mais de 92% das “ausências” citadas pela ONG foram devidamente
justificadas. E a quase totalidade delas, amparadas no texto de tal
resolução, se dá pela simples impossibilidade de o deputado estar, ao mesmo tempo, em dois compromissos simultâneos, em Brasília e em Montevidéu
–cidade que sedia o Parlamento do Mercosul (Parlasul). Essa omissão por
parte da Transparência Brasil faz com que nosso mandato cogite inclusive a
possibilidade de acionar a ONG na Justiça, para que deixe de praticá-la e
passe a informar corretamente a sociedade e os veículos de imprensa.

3) Além de integrar o parlamento do bloco sul-americano, Dr. Rosinha é o
único congressista brasileiro que acompanhou, desde o seu início, todo o
processo de criação do novo órgão, que começou a funcionar efetivamente em
maio de 2007, após a assinatura de protoloco por todos os países do
Mercosul. Dr. Rosinha foi também o primeiro e único presidente brasileiro da
instituição, relator de seu regimento interno, membro da Mesa Diretora,
chefe de delegação de observadores eleitorais na Bolívia e autor, entre
outras propostas, do projeto que trata da divisão proporcional entre as
bancadas dos diversos países. Não são tarefas simples. Ao contrário. São
tarefas fundamentais para a política externa brasileira e para a integração
regional, por vezes inclusive mais desgastantes do que o próprio dia-a-dia
do Congresso, em Brasília.

4) Nos últimos anos, Dr. Rosinha enfrentou ainda alguns problemas de saúde
em sua família, inclusive de sua mãe, a quem precisou dedicar tempo integral
durante internamento hospitalar que durou algumas semanas.

5) Por fim, reafirmamos que a cobertura feita pela mídia acerca do
comportamento de parlamentares é algo necessário e relevante. Mas essa
cobertura não deve ser feita de forma descontextualizada, sem considerar
justas motivações individuais ou compromissos institucionais como o do
Brasil com o Mercosul. Nosso mandato defende um Legislativo atuante. E
historicamente sempre lutou pela transparência de todas as instâncias do
poder público.

Para ver a lista completa divulgada pela Transparência Brasil, clique aqui.

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