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Vereadores sugerem usar verba de novo prédio para diminuir tarifa do ônibus
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valdemir_200913Um grupo de vereadores sugeriu nesta terça-feira que a Câmara de Curitiba destine pelo menos R$ 40 milhões do dinheiro que tem em caixa para ajudar a prefeitura a bancar o transporte coletivo da capital. Hoje, a Câmara tem pouco mais de R$ 41 milhões em caixa. A ideia é gastar boa parte desse dinheiro em uma nova sede para o Legislativo.

“Peço que pelo menos R$ 40 milhões do FEC sejam destinados ao Transporte e ao pagamento das horas extras da Saúde”, disse o vereador Valdemir Soares (PRB), que assinou um requerimento sobre o tema junto com outros de seu grupo “independente”. São os mesmos vereadores que no ano passado criaram uma dissidência que votou contra o reajuste do IPTU e do ITBI na cidade e que lançaram uma candidatura contra o atual presidente da câmara, Aílton Araújo (PSC).

Em 2013, o então presidente da Câmara de Curitiba Paulo Salamuni (PV) destinou R$ 10 milhões do fundo para o transporte coletivo, depois das manifestações de rua de junho. Esse foi um dos fatores que permitiram a baixa da tarifa de R$ 2,85 para R$ 2,70 na época. Meses depois, a tarifa voltou a R$ 2,85, valor atual. A prefeitura deve anunciar nesta terça um novo valor da passagem, que pode chegar a R$ 3,15.

O transporte coletivo de Curitiba e região custa por ano cerca de R$ 1 bilhão. Assim, os R$ 40 milhões, caso entrassem no sistema, representariam cerca de 4% do total. Ou seja: aplicado sobre uma tar4ifa técnica de R$ 3,70 (que não é cobrada dos passageiros, mas é o quanto se repassa aos empresários para cada pessoa que passa pelas catracas), isso representa uma redução de R$ 0,14.

Na prática, a prefeitura, caso recebesse os valore, teria duas opções: reduzir a tarifa do usuário, que ficaria então em cerca de R$ 3, ou continuar cobrando algo perto de R$ 3,15 e diminuir o subsídio que terá de encaminhar mensalmente ao sistema.

No entanto, é difícil saber se a Câmara aceitará a proposta. O atual presidente, Ailton Araújo, diz que é preciso construir um novo prédio, já que no atual “não dá gosto” nem de receber visitas, devido a um suposto mau estado de conservação.

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