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Cara Marisa, caros leitores

Dois acontecimentos desta quarta, 3 de outubro, merecem a atenção dos brasileiros porque afetam diretamente nossas vidas.

Primeiro caso:
Por acaso você ficou chateado porque seu eleito, escolhido no partido X, migrou para o partido Y, de cujas idéias você não compartilha?

O caso diz respeito à fidelidade partidária e será examinado hoje pelo Supremo Tribunal Federal. O STF vai julgar os três mandados de segurança propostos pelo DEM, PSDB e PPS, que entraram na Justiça para reivindicar as vagas de parlamentares que trocaram de legenda após as eleições de 2006. Na prática, os ministros vão dizer se o mandato é do partido ou do candidato.

Vamos supor (e aqui é questão de torcida também) que o STF decida que o mandato é do partido. Nesse caso, restará saber se o volúvel poderá voltar à sigla original.
Mais: restará saber se os partidos abandonados, tal qual cônjuges traídos, aceitarão a volta dos arrependidos?

Essas decisões afetam nosso sistema de representação política. Distorções como a infidelidade partidária dificultam a compreensão do eleitor e o levam a desistir de cobrar políticas públicas de qualidade.

Recomendo, aos interessados na questão, a leitura do artigo “Traição não consentida”, publicado na Gazeta do Povo desta quarta.

O outro acontecimento do dia que, penso, interessa muito à sociedade não é político:

Lembram do Juan Carlos Ramires Abadia, o supertraficante preso no dia 7 de agosto em um condomínio da Grande São Paulo?
Pois nesta quarta-feira ele deixará o presídio de segurança máxima de Campo Grande por algumas horas para prestar depoimento ao juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal paulista. Abadia é acusado de lavar dinheiro, formar quadrilha, usar documento falso e de corromper policiais.

Os Estados Unidos já pediram a extradição do colombiano e a decisão, agora, depende também do nosso STF. Na terra do Tio Sam, Abadia é acusado de tráfico internacional de droga e 13 assassinatos. Sua defesa trabalha pela extradição de olho no duplo benefício: o lei brasileira, cuja pena máxima é de 30 anos, e o da lei americana, que dá ao réu a chance de negociar com a Justiça antes do início do processo.

Por que ficar de olho nesse caso? Porque a violência das grandes cidades está visceralmente ligada ao tráfico de drogas e de armas. Figuras como Abadía fazem verdadeiras fortunas às custas de intermediários que dedicam a vida — literalmente — a distribuir drogas.

É isso,
Abraço,
Sandra

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