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Saúde mental não é brincadeira!
| Foto: Imagem de Freepik

O Brasil está em 1º lugar... Mas, infelizmente, não é por uma boa causa. De acordo com o último Relatório Global de Saúde Mental, realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e divulgado em junho de 2022, o Brasil possui a população com a maior prevalência de transtornos de ansiedade do mundo. Aproximadamente 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade patológica, e as faixas etárias com maiores chances de receber o diagnóstico são crianças e adolescentes.

Ainda de acordo com a OMS, as condições de saúde mental são responsáveis por 16% da carga global de doenças e lesões em pessoas com idade entre 10 e 19 anos. Além disso, metade de todas as condições de saúde mental começam aos 14 anos de idade, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada. Uma das consequências dessa falta de diagnóstico e tratamento é a depressão, uma das principais causas de doença e incapacidade entre adolescentes, e a outra é o aumento exponencial da taxa de suicídios, que se tornou a terceira principal causa de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos.

O assunto ainda é um tabu, mas a verdade é que este é um problema de saúde pública e não pode continuar sendo varrido para debaixo do tapete!

Foi com o objetivo de mudar essa realidade que nasceu a Associação Serpiá - www.serpia.org.br, uma clínica multidisciplinar que atua na área de saúde mental, voltada para atendimento a crianças e adolescentes. Em 2023, a associação completou 20 anos de atuação e, nessa trajetória, já realizou 110 mil atendimentos clínicos e mais de 12 mil pessoas já foram impactadas pelos serviços prestados pela OSC. Mais de 3 mil crianças puderam receber o tratamento de que necessitavam e, consequentemente, tiveram a chance de se desenvolver de maneira mais saudável.

Foi esse o caso do Vitor, neto da Dona Silvana:

O Vitor não falava, não se comunicava, não interagia. Ele foi encaminhado, pela escola, para tratamento com psicólogo na Associação Serpiá e ficou em tratamento por quatro anos. No começo ele não gostava de ir, depois começou a gostar, mas não queria ir pra sala do psicólogo, só queria ficar na brinquedoteca. Então, durante todo o tempo, os atendimentos foram feitos na brinquedoteca, com o Vitor brincando e o psicólogo acompanhando. O Vitor frequenta escola regular e vai pra escola sozinho. As professoras contam que ele evoluiu muito e ele tem até um canal no Youtube, tudo em Inglês”, conta dona Silvana.

Casos como o do Vitor aumentaram nesse último ano, segundo Maria Cristina Pires, coordenadora da Associação. Ela conta que nessas duas décadas de atuação, os profissionais da Serpiá detectaram um aumento considerável de crianças e adolescentes em situação de sofrimento psíquico, com necessidade de tratamento terapêutico, após a pandemia de COVID-19. São muitas as queixas, sendo as mais comuns: dificuldades de aprendizagem, de fala e interação social; situações de luto; violência física ou psicológica; agitação corporal; agressividade; autoagressão; sintomas depressivos e de ansiedade.

E como você pode ajudar essa causa?

Uma das principais formas de ajudar a Serpiá é através da doação de materiais de escritório, limpeza e de brinquedos para a Brinquedoteca (novos ou usados em bom estado), que ajudam reduzindo os gastos mensais. A associação também aceita itens diversos, como roupas, calçados, acessórios e etc, que podem ser doados para o Bazar organizado regularmente. 
 
Outra forma de ajuda muito bem-vinda é a doação de tempo, com o trabalho voluntário. A associação precisa de pessoas atuando na Brinquedoteca, para mediar as brincadeiras com as crianças e adolescentes, e também no apoio à manutenção predial. É possível, inclusive, ser voluntário de forma remota, na Comunicação Social, ajudando com a gestão das mídias sociais e assessoria de imprensa, além da captação de recursos. 
 
Saiba mais sobre a causa e sobre a associação em: www.serpia.org.br

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