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Em meu post anterior, manifestei minha indignação diante da visão colonizadora e messiânica que a atriz Ittala Nandi tem do cenário cinematográfico curitibano. Pelo jeito, não fui o único a ficar incomodado. Leiam abaixo a carta encaminhada pelas entidades de classe que representam o setor do audiovisual no Paraná à jornalista Maria do Rosário Caetano, em cuja newsletter Almanaquito foram publicada as infelizes declarações da diretora do Festival de Curitiba de Cinema Brasileiro Latino.

Curitiba, 15 de outubro de 2008.

Prezada Sra. Maria Do Rosário,

O Sindicato da Indústria Audiovisual do Paraná (SIAPAR) e a Associação de Vídeo e Cinema do Paraná (AVEC), entidades que representam a produção audiovisual e o cinema feito pelas produtoras e pelos diretores paranaenses, afirmam que a declaração da Sra. Diretora do Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino de que nosso estado sofre de “abandono cultural ligado ao audiovisual” não corresponde à realidade cinematográfica local.
A tradição cinematográfica do Paraná foi consolidada através de uma vasta produção de curtas e longas-metragens reconhecida nacional e internacionalmente. Somente os curtas produzidos no estado nos últimos anos receberam mais de 100 prêmios em festivais dentro e fora do país. Já os longas-metragens paranaenses de produção recente têm, como se é de conhecimento público, representado o Brasil nos mais importantes festivais internacionais, demonstrando assim que não só não nos encontramos “à parte do moderno, à parte do caminho da luz do cinema”, mas que estamos mais propriamente no cerne da produção brasileira e internacional.
Lembramos ainda que o circuito exibidor do Estado do Estado do Paraná é um dos mais expressivos do Brasil e que apenas a cidade de Curitiba representa o quinto maior mercado exibidor do país.

Agradecemos sua atenção.

Atenciosamente
SIAPAR – Sindicato da Indústria Audiovisual do Paraná
AVEC – Associação de Vídeo e Cinema do Estado do Paraná

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