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Mostra de SP: Dzi Criquettes, Sam Mendes e Heath Ledger
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Divulgação
Heath Ledger: último filme de uma grande talento.

Diário da mostra continua.

Dzi Croquettes
Ontem assisti a um superemocionante documentário sobre o revolucionário grupo teatral Dzi Croquettes, que abalou não somente as artes cênicas na década de 70, mas também se tornou um marco da revolução sexual e da causa gay no Brasil, desafiando o regime militar.

Sob o comando do coreógrafo norte-americano Lennie Dale, radicado no Brasil desde os anos 60, a trupe, que tinha 13 integrantes e misturava dança, teatro burlesco e de humor (está nas origens do besteirol) e música num pacote explosivo e original. Tanto que fez estrondoso sucesso por anos no Brasil e, mais tarde, na Europa.

Uma das diretoras e narradora do filme é a atriz e cineasta Tatiana Issa, filha de Américo Issa, iluminador dos Dzi Croquettes, morto no início desta década. Ela coniviveu na infância com o grupo, que acreditava ser um bando de palhacinhos de cílios enormes e muita purpurina. Verdadeira aula de história cultural, o documentário, que leva o nome do grupo, fez com que o público saísse aos prantos do cinema ontem à tarde: oito dos Dzi originais já morreram, quatro de aids. Falarei mais sobre o filme em breve.

Distante Nós Vamos

Com estreia prevista para janeiro de 2010, Distante Nós Vamos, novo filme de Sam Mendes, é uma delícia. É inteligente, despretensioso, engraçado e tocante. Ponto para o roteiro de David Eggers e sua mulher, Vendela Vida. Ao contrário de Foi Tudo um Sonho, que transbordava artificialidade e pretensão de estudo sociológico, Distante Nós Vamos conquista o espectador aos poucos, swem pressa, com a bem narrada história de um casal gravido (Maya Rudolph e John Krasinski) que procura seu lugar no mundo.

Dr. Parnassus
O novo longa de Terry Gilliam – e último trabalho de Heath Ledger -, O Mundo Imaginário de Dr. Parnassus é interessante. Acho que o diretor inglês resolveu bem a ausência do australiano, morto ano passado, vítima de uma overdose acidental de remédios. Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell o substituem em algumas cenas, que se passam num universo paralelo e, portanto, permitem a transmutação do personagem de Ledger. Ele é um empresário corrupto, salvo por uma trupe mambembe de teatro-circo comandada por um certo Dr. Parnassus (Christopher Plummer, esplêndido), um imortal que fez um pacto sinistro com o diabo, vivido por Tom Waits,

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