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O Desinformante! é um tédio só, apesar do argumento interessante
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Divulgação
Matt Damon está ótimo como um executivo jeca que embarca num delírio corporativo.

Chatíssimo! Não consigo encontrar adjetivo melhor que descreva O Desinformante!, novo longa-metragem de Steven Soderbergh, em cartaz desde ontem no Brasil. Matt Damon está ótimo como vice-presidente interiorano de uma grande agroindústria que embarca, no início da década de 90, em um delírio megalomaníaco: julga ser capaz de salvar sua empresa de uma crise, inventando um caso de espionagem industrial do qual sairá como herói.

Na medida em que embarca em seu delírio, que envolve corrupção até uma parceria meio atrapalhada com o FBI, o personagem começa a perder noção dos limites entre realidade e fantasia.

Achou o argumento interessante? Eu também achei, mas me entediei à morte tentando mergulhar na sátira ao mundo corporativo de Soderbergh, um diretor que fez filmes dos quais gosto bastante, como sexo, mentiras e videotapes e Traffic. Dessa vez ele errou a mão.

Além do bom desempenho de Damon, um ator que melhora a cada filme, a estética algo retrô, que já tem início nos créditos que abrem o filme e se estende à direção de arte, figurino e trilha sonora, é bem bacana. Mas o roteiro patina em suas pretensões e, principalmente, afetações (um mal recorrente no cinema “autoral” contemporâneo). Há mais estilo do que substância. Esquece-se de envolver o espectador com uma história bem narrada. Uma decepção, enfim.

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