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Os Três Mosqueteiros tem ritmo de videogame
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Nova versão de Os Três Mosqueteiros foi criada para agradar quem gosta de pensar pouco.

Tentar, de alguma forma, dar uma nova roupagem a uma história tantas vezes filmada como Os Três Mosqueteiros, romance clássico do estilo capa e espada de Alexandre Dumas (1802-1870), não é tarefa muito fácil. A mais recente versão, que chega hoje aos cinemas brasileiros antes de ser lançada nos Estados Unidos, até consegue conferir algum frescor à trama. Isso ocorre, possivelmente, por conta da pegada moderninha de um diretor como o britânico Paul W. S. Anderson, que tem no currículo dois filmes da série Resident Evil, baseada no videogame homônimo, e a ficção científica O Enigma do Horizonte.

A história continua a mesma: o jovem e impetuoso D’Artagnan (Logan Lerman, de Percy Jackson , o Caçador de Raios) parte do interior da França com o desejo de se tornar, como seu pai um dia foi, um mosqueteiro, espadachim da guarda particular de Luís XIII (Freddie Fox) – que reinou entre 1610 e 1643 e é aqui retratado como um jovem hesitante a manipulado pelo cardeal Richelieu (Christoph Waltz, premiado com o Oscar de melhor coadjuvante por Bastardos Inglórios).

Só que, ao chegar a Paris, D’Artagnan descobre que os lendários Athos (Matthew MacFadyen, de Orgulho e Preconceito), Portos (Ray Stevenson, da série Roma) e Aramis (Luke Evans, de Robin Hood) andam meio em baixa, substituídos pela brigada do cardeal, liderada por Rochefort (Mads Mikkelsen, de Coco Chanel & Igor Stravinsky ), um ás da espada e do florete que os trata como cães sarnentos.

Traição

Richelieu, se aproveitando da ingenuidade do rei, arma com a traiçoeira, porém sedutora Milady (Milla Jovovich, estrela da série Resident Evil), ex-amante de Athos, um plano que visa a desestabilizar a coroa francesa: provocar uma guerra contra a Inglaterra. Para isso, conta como aliado o maquiavélico Buckingham (Orlando Bloom, de Piratas do Caribe), homem forte da monarquia inglesa e igualmente enredado por Milady. A ele também interessa um conflito armado entre os dois países.

Se a história é para lá de manjada, a direção de Anderson, com toques de videogame e de filme ação europeu, à la Carga Explosiva, traz alguma novidade e um ritmo frenético a Os Três Mosqueteiros, que também será lançado em cópias em 3D. Ainda que, para isso, detalhes históricos e do próprio romance de Dumas sejam diluídos ou simplesmente jogados pela janela sem dó ou cerimônia.

Carismáticos como os personagens que dão título ao filme, MacFadyen, Stevenson e Evans se saem bem, assim como o jovem astro hollywoodiano Logan Lerman, que deve ajudar a renovar o público da história. Waltz, apesar de ótimo, apenas reprisa o vilão que já fez neste ano em O Besouro Verde, e precisa ficar atento para não virar ator de um papel só. Melhor sorte tem Milla Jovovich, que traz a Milady – papel que já foi de Faye Dunaway, em dois filmes na década de 70, e de Rebecca de Mornay, na versão de 1993 – traços da heroína dura na queda que vive na saga Resident Evil.

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